Uma ação na Justiça pede a suspensão imediata do protocolo do Ministério da Saúde sobre a cloroquina.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS) e a Federação Nacional dos Farmacêuticos entraram com uma ação para suspender o protocolo mais recente do uso da cloroquina contra coronavírus divulgado pelo Ministério da Saúde.
Nesta quinta-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, deu prazo de 5 dias para que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, preste informações sobre a utilização do medicamento.
A ação pede a suspensão imediata do protocolo adotado pela pasta que permite o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, mesmo para casos leves da doença.
Em despacho, segundo a agência Reuters, Celso de Mello declarou:
“Requisitem-se prévias informações ao senhor ministro de Estado da Saúde, que deverá prestá-las no prazo de cinco dias, manifestando-se, inclusive, sobre a cognoscibilidade da presente arguição de descumprimento de preceito fundamental.”
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, questionado sobre a decisão de Celso de Mello, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, voltou a defender o uso da cloroquina:
“Acredito que, se o ministro Celso de Mello tiver assistido a essa entrevista coletiva, ele vai dispensar o questionamento ao nosso ministro. Da mesma forma que acredito que a resposta do ministro interino, general Pazuello, ao ministro Celso de Mello será baseada em tudo que foi apresentado aqui, são as mesmas evidências, os mesmos dados.”