O ex- juiz e ex-ministro Sergio Moro afirmou nesta sexta-feira (10) o Tribunal de Contas da União (TCU), que a Comissão de Ética da Presidência da República atutorizou que ele atuasse como colunista da revista Crusoé enquanto recebe o salário de ministro. Contudo, após a representação do Ministério Público, Moro solicitou a suspensão do pagamento de salário que receberia na nova função.
O ministro Bruno Dantas, do TCU, havia solcitado dois esclarecimentos sobre os contratos de trabalho do ex-ministro antes de decidir se o salário de ministro deve ser suspenso. O primeiro deles é a regularidade do recebimento de recursos públicos caso haja outras fontes de subsistência, “vez que só se justifica a remuneração na quarentena para que o ex-agente possa se manter afastado de qualquer fonte de conflito de interesses”. No entanto, Dantas disse que é preciso esclarecer a natureza do trabalho desempenhado, para averiguar se as atividades que estão sendo exercidas pelo ex-ministro são compatíveis com as disposições da Lei de Conflito de Interesses.
“O ex-Ministro, em respeito ao TCU, pediu voluntariamente a suspensão dos pagamentos das remunerações que a Revista faria pelo exercício da função de articulista, até o julgamento da representação“, diz a nota assinada pela defesa de Moro, os advogados Luciano de Souza Godoy e Ricardo Zamariola Junior